sábado, 2 de outubro de 2010

Ética - Robert Henry Srour

Texto escrito para a disciplina Ética e Responsabilidade Social ministrada pela Profª. Drª. Claudiani Waiandt como requisito parcial de avaliação.

Resumo: SROUR, Robert Henry. Ética empresarial. Ed. Campus. Cap.2

Neste texto o autor tenta explicar através de definições, esquemas gráficos e diversas passagens do dia-a-dia os conceitos weberianos de ética da responsabilidade e ética da convicção que, embora sejam diferentes, não se anulam de forma mútua e completa. Contudo, uma das éticas prevalece no agir do indivíduo. Cada um destes conceitos se divide em outros dois: o primeiro se divide entre a vertente utilitarista e a vertente da finalidade, enquanto a segunda divide-se entre a vertente do princípio e vertente da esperança.

A ética da responsabilidade é aquela que condiciona os meios aos fins sendo estes mais importantes do que aqueles. Ao agir de acordo com esta ética os agentes avaliam as conseqüências da ação ou do conjunto destas para alcance de um fim determinado. Esta ética corresponderia a um realismo pragmático.

Na vertente utilitarista o que se deseja é trazer o máximo de benefício para o maior número de pessoas. Os meios ficam em segundo plano.

Na vertente da finalidade o fator determinante é a magnitude do benefício do fim. Devido a este bem que se espera alcançar é necessário empreender todos os esforços possíveis.
Nas duas vertentes acima verifica-se que a importância do fim suprime as possíveis considerações acerca dos meios.

A ética da convicção é aquela onde o agir é baseado em valores que funcionam como uma norma de conduta que reside no interior da consciência do indivíduo. Nesta ética o importante é a ação e não suas conseqüências. O indivíduo age de acordo com aquilo que é ordenado pelos seus princípios e valores, ou seja, aquilo que acredita ser o correto a fazer e não por um cálculo de conseqüências visando atingir um fim. A ação é motivada pelo senso de dever. Poderia-se aqui falar de idealismo purista.

Na vertente do princípio a ação é dirigida pelos valores do indivíduo que funcionam como normas que devem ser seguidas haja o que houver.

Na vertente da esperança a motivação para o ato se encontra em uma possível realização de um ideal. O que dá origem a ação é o sonho.

Em ambas as éticas há riscos. Na ética da responsabilidade pode haver o cinismo que justifica utilização de meios indevidos para consecução dos fins, enquanto a ética da convicção pode dar origem a fanatismos.

Nos dois casos o “agir ético” não é determinado pelo indivíduo, mas sim pela sociedade. No caso da ética da convicção os valores e princípios a serem considerados são aqueles socialmente aceitos, enquanto na ética da responsabilidade os julgamentos acerca dos fins considerados benéficos também partem da coletividade.

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