domingo, 26 de dezembro de 2010

A culpa é do professor?!

"Há fatos que se repetem todo final de ano. São outros nomes e rostos, mas há algo similar no comportamento de certos estudantes que demonstram imaturidade acadêmica e intelectual. Em geral, é o que não cumpre minimamente os deveres enquanto “acadêmicos”. Felizmente, trata-se de um ou outro caso. Mas, como são desgastantes!!!

Reconheço que os estudantes são submetidos às pressões e exigências que os forçam a adotar “estratégias de sobrevivência”. Isto significa, por exemplo, rifar determinadas disciplinas para concentrar-se em outras com maiores exigências e ‘rigor professoral’. É a necessidade de tirar a nota, de passar de ano! Muitas vezes, a matéria rifada é considerada sem importância ou o professor é tido como pouco exigente, “bonzinho”, “café com leite”. Por que dedicar-se a disciplinas cujos conteúdos parecem nada acrescentar à formação do futuro advogado, promotor, juiz? Pra quê estudar Ciência Política e autores como Tocqueville, Stuart Mill e Karl Marx? Em que isto contribui para passar no exame da OAB ou num concurso público? A desimportância, aliás, é confirmada pela própria organização da grade curricular, na medida em que estas disciplinas são relegadas às sextas-feiras, últimos horários; ou quando se decide pela retirada da disciplina do curso.

Compreendo tudo isto, mas não entendo a facilidade que alguns têm em jogar o problema para o outro. Ora, no início do semestre letivo o professor estabelece prazos, flexibiliza-os a partir das necessidades dos alunos e, mesmo assim, não são cumpridos. O professor solicita trabalho escrito que pressupõe a leitura de um livro, assimilação da teoria e análise. No primeiro dia de aula ele estabelece a data limite para entregar: o último dia do ano. E mesmo assim, não se cumpre o prazo. O aluno deixa tudo de lado, dedica-se à suas prioridades e faz a atividade solicitada de qualquer forma (não vou usar aquela expressão chula e machista). Na verdade, não lê a obra e utiliza o surrado recurso do CONTROL C / CONTROL V, ou seja, plágio. O que pensa este aluno? Que o professor é um relapso e não ler o que solicita? Há algo que justifique tal atitude?

Até compreendo, mas compreender não é aceitar. E o que mais irrita nestes casos não é a atitude em si, mas o jogo de empurra, a transferência de responsabilidade. Se cometo um ato que visa ludibriar alguém e sou descoberto, devo pedir desculpas – que o outro aceita se quiser – e assumir. Ponto! Geralmente a desculpa, às vezes sincera, vem acompanhada de pedido de clemência. Mas não se trata disso, e sim da maturidade, enquanto indivíduos, para assumirmos os nossos atos.

Este tipo de atitude faz do outro o cúmplice, transferindo para ele a decisão. E, de repente, o professor vê-se diante da necessidade de decidir em relação a um problema que não é dele; e se decide pelo “não”, anda fica com a pecha de “chato” ou coisa do tipo. No limite, se não passo de ano ou não me formo porque fui pego numa maracutaia, cometida por minha livre e espontânea vontade, a culpa, a “máxima culpa” é do outro que não quis ouvir os meus argumentos. Ora, mas por que agi desta maneira? Não é mais sensato assumir as conseqüências do meu ato?

Em suma, desculpe a expressão, é um saco: o aluno não faz a parte dele e transfere para nós, professores, deixando-nos diante da situação de aceitarmos ou alimentarmos uma tensão na qual parece que os "culpados" somos nós. É muita imaturidade, é uma demonstração cabal de ausência de condições para exercer a autonomia; é uma confusão imensa entre liberdade e licenciosidade. A liberdade de agir pressupõe a responsabilidade pela ação e pelos efeitos que ela produz. É simples: cada um de nós deve assumir o ônus das nossas próprias decisões.".

sábado, 2 de outubro de 2010

Ética - Robert Henry Srour

Texto escrito para a disciplina Ética e Responsabilidade Social ministrada pela Profª. Drª. Claudiani Waiandt como requisito parcial de avaliação.

Resumo: SROUR, Robert Henry. Ética empresarial. Ed. Campus. Cap.2

Neste texto o autor tenta explicar através de definições, esquemas gráficos e diversas passagens do dia-a-dia os conceitos weberianos de ética da responsabilidade e ética da convicção que, embora sejam diferentes, não se anulam de forma mútua e completa. Contudo, uma das éticas prevalece no agir do indivíduo. Cada um destes conceitos se divide em outros dois: o primeiro se divide entre a vertente utilitarista e a vertente da finalidade, enquanto a segunda divide-se entre a vertente do princípio e vertente da esperança.

A ética da responsabilidade é aquela que condiciona os meios aos fins sendo estes mais importantes do que aqueles. Ao agir de acordo com esta ética os agentes avaliam as conseqüências da ação ou do conjunto destas para alcance de um fim determinado. Esta ética corresponderia a um realismo pragmático.

Na vertente utilitarista o que se deseja é trazer o máximo de benefício para o maior número de pessoas. Os meios ficam em segundo plano.

Na vertente da finalidade o fator determinante é a magnitude do benefício do fim. Devido a este bem que se espera alcançar é necessário empreender todos os esforços possíveis.
Nas duas vertentes acima verifica-se que a importância do fim suprime as possíveis considerações acerca dos meios.

A ética da convicção é aquela onde o agir é baseado em valores que funcionam como uma norma de conduta que reside no interior da consciência do indivíduo. Nesta ética o importante é a ação e não suas conseqüências. O indivíduo age de acordo com aquilo que é ordenado pelos seus princípios e valores, ou seja, aquilo que acredita ser o correto a fazer e não por um cálculo de conseqüências visando atingir um fim. A ação é motivada pelo senso de dever. Poderia-se aqui falar de idealismo purista.

Na vertente do princípio a ação é dirigida pelos valores do indivíduo que funcionam como normas que devem ser seguidas haja o que houver.

Na vertente da esperança a motivação para o ato se encontra em uma possível realização de um ideal. O que dá origem a ação é o sonho.

Em ambas as éticas há riscos. Na ética da responsabilidade pode haver o cinismo que justifica utilização de meios indevidos para consecução dos fins, enquanto a ética da convicção pode dar origem a fanatismos.

Nos dois casos o “agir ético” não é determinado pelo indivíduo, mas sim pela sociedade. No caso da ética da convicção os valores e princípios a serem considerados são aqueles socialmente aceitos, enquanto na ética da responsabilidade os julgamentos acerca dos fins considerados benéficos também partem da coletividade.

Texto escrito para a disciplina Ética e Responsabilidade Social ministrada pela Profª. Drª. Claudiani Waiandt como requisito parcial de avaliação.

Resumo: RAMOS, Alberto Guerreiro. Administração no contexto brasileiro: esboço de uma teoria geral da administração. Rio de Janeiro: Ed. FGV, 1983. Cap. 2.

A re-definição do conceito ação administrativa que se faz necessária devido aos avanços em pesquisas na área da teoria da administração é o objetivo do texto, sendo esta ancorada principalmente nos conceitos racionalidade funcional-racionalidade substancial e ética da responsabilidade-ética do valor absoluto ou convicção de Max Weber. Além deste último autor Amitai Etzioni , Chester Barnard, Eric Voeglin, Karl Mannheim e W. H. Whyte também tiveram seus trabalhos reconhecidos e em parte citados e/ou utilizados por Guerreiro Ramos. Outros autores também foram objeto de apreciação por parte dele na consecução do seu trabalho, porém de maneira menos expressiva.

2.0 O conceito de ação administrativa

Os temas da teoria das organizações passam por um período de intensa problematização. Várias pesquisas com o intuito de verificar pesquisas já realizadas vêem sendo feitas tendo como resultado grandes avanços. Este estado de coisas leva a necessidade de reformular alguns conceitos, dentre eles o de ação administrativa.
Para reformular este conceito é necessário observar alguns pontos:

1: Condutas empreendidas no âmbito do trabalho não podem se confundir com as condutas fora deste espaço.

2: Eficiência e produtividade como fenômenos complexos relacionados aos conflitos entre personalidade e organização.

3: Relevante influência do ambiente externo sobre a organização.

2.1 Racionalidades funcional e substancial

Para iniciar os esclarecimentos acerca das duas racionalidades Guerreiro Ramos traz Chester Barnard. Este aponta que qualquer individuo vinculado a um sistema cooperativo tem com ele uma relação dual – relação funcional ou interna mais ou menos intermitente e a relação individual ou externa que é não-intermitente. No primeiro tipo de relação parte das atividades do individuo são apenas engrenagens de um sistema não pessoal de atividades enquanto no segundo o indivíduo é estranho, isolado ou oposto ao sistema.

Guerreiro Ramos atribui à perda de validade de muito do que foi feito na Escola de Relações Humanas à não observância dos conceitos de Barnard.

Ainda com base em Bernard observa-se que a racionalidade da organização não se confunde com a racionalidade geral e que por isto é útil considerar aspectos do individuo como externos a qualquer sistema cooperativo. As pessoas decidem entre entrar ou não em uma determinada organização com base em duas categorias: (1) desejos, intenções, impulsos do momento e (2) alternativas externas que ele reconhece como válidas. “A organização resulta da modificação da ação do indivíduo mediante controle desta categorias ou sua influência sobre uma delas.”, Barnard.

Voltando-se para Weber, Guerreiro Ramos traz o conceito ação social que, como esclarece o próprio autor é a base para o conceito sociológico de racionalidade. Neste ponto são apresentados quatro possibilidades para o conceito: racional aos fins, racional aos valores, afetiva e tradicional. As duas últimas por se basearem respectivamente em estados emotivos e costumes não têm suas conseqüências analisadas de forma sistemática e por isso não são objeto de grande apreciação, sendo assim as outras duas possibilidades de ação social, as quais possuem caráter sistemático quanto à intencionalidade, serão as mais úteis para com o objetivo do texto. Observa-se aqui uma clarificação da dualidade exposta por Barnard. Os dois primeiros tipos de ação social conflitam com os dois últimos, sendo estes os itens que obstacularizam aqueles.
A ação racional aos valores é pautada pelos valores que a inspiram e indiferente aos resultados enquanto a ação racional aos fins tenta adequar os meios ao fim buscado deixando em segundo plano a análise dos meios utilizados. Neste ponto Guerreiro Ramos traz Karl Mannheim que atribui o adjetivo “funcional” à primeira racionalidade empregada no primeiro tipo de ação e o adjetivo ”substancial” à racionalidade empregada no segundo tipo. Ainda nesta linha Eric Voeglin adjetiva a primeira como “pragmática” e a segunda como “noética”. Com base nesta última Voeglin procura mostrar que quanto mais ela estiver presente em uma sociedade mais “qualidade” esta terá.

Ainda com base em Mannheim é possível verificar que a industrialização incentiva a racionalidade funcional e reprime a substancial, tornando os trabalhadores auto-racionalizados, sendo este aspecto impactante, inclusive, no espaço externo ao local de trabalho e na sua subjetividade. O autor ainda chama a atenção para as concentrações material e da tomada de decisão que na sua perspectiva contribuem para debilitar a racionalidade substancial.

Trazendo agora as contribuições de W. H. Whyte observa-se que de acordo com este há uma tentativa, por parte das organizações em conluio com as ciências sociais aplicadas, de acabar com o conflito entre indivíduo e organização, sendo este rompimento, de acordo com Whyte, utópico. Ao resultado desta tentativa o autor dá o nome de ética social. Esta tentativa de harmonizar indivíduo e organização teria por objetivo legitimar as pressões sociais e do grupo sobre o indivíduo tornando-o conformista. Contudo existem autores, entre os quais se inclui Amitai Etzioni, que defendem um equilíbrio entre trabalho e independência, racionalidade funcional e substancial.

2.2 Problemas éticos da organização

Neste bloco o foco estará nos conceitos ética da responsabilidade e ética do valor absoluto ou convicção.

Para esclarecer os conceitos alguns pontos servem como base:

1: A ética da responsabilidade está atrelada a racionalidade funcional, enquanto a ética do valor absoluto ou convicção à racionalidade substancial.

2: As éticas não serão sempre antagônicas. Isto é possível quando as especificações do trabalho se adéquam aos valores do individuo.

3: Os indivíduos não agem levando em consideração uma única ética, com exceção de casos extremos.

No restante do bloco são retomadas discussões sobre a racionalidade funcional ligado ao trabalho na organização, a racionalidade substancial ligada às perspectivas individuais do trabalhador enquanto ser humano, conflitos internos aos indivíduos causados pelas duas racionalidades e tentativas de tornar a estrutura organizacional menos propicia ao acirramento destes conflitos salientando que estes sempre existirão e que são salutares para que o indivíduo continue sendo sujeito de sua existência, ou seja, não tornando-se alienado para que assim se adéqüe perfeitamente à organização.

Ainda neste espaço Guerreiro Ramos torna claro que toda ação administrativa tem como ingrediente a ética da responsabilidade.

2.3 Tensões éticas nas organizações

Neste bloco acontecimentos externos à organização são postos como importantes influenciadores da ética predominante dentro do sistema cooperativo. Uma época de grandes revoluções, por exemplo, que tenham valores opostos a aqueles das organizações existentes tendem a elevar o nível da presença da ética da convicção tornando os conflitos já existentes mais acirrados. Com isso, conclui-se, que é necessário certo consenso social para que as organizações possam se manter.

O nível de tensão entre éticas varia de acordo com a organização. Em ordem crescente esta variação ocorre nos seus principais tipos: normativa(igrejas, associações culturais, movimentos sociais e etc.), utilitária(empresas, sindicatos patronais e etc.) e coercitiva(prisões, campos de concentração e etc.). No primeiro tipo prevalece a ética da convicção enquanto no último a ética da responsabilidade.

Ainda neste espaço Guerreiro Ramos discorre sobre os trabalhos de Amitai Etzioni e sua relevância para a análise da ação administrativa com base na dualidade entre ética da responsabilidade e ética da convicção.

2.4 Definição da ação administrativa

“Tal ação é modalidade de ação social, dotada de racionalidade funcional, e que supõe estejam seus agentes, enquanto a exercem, sob a vigência predominante da ética da responsabilidade.”

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

A insurgência do livro texto


" The text book insurgency

We sit around three clusters of whirring computers, watching our high school teacher read the lecture notes prepared from Harvard University professor Gregory Mankiw’s textbook, The Principles of Economics. “Trade always makes all participants better off,” he says. I glance at a friend across the room. We both know something is not right about this.

After class I talk with my friend about the economic evangelism we just experienced, the self-righteous dogma of the richest country in the world. Is this why we’re rich? Is the key to prosperity really as simple as “higher productivity”? Why haven’t the words “colonization” or “sweatshop” been brought up?

The next day I ask my teacher, “Don’t we have to take natural resources into account? Isn’t that the key to why some countries are richer than others – because they control the resources of other countries? And why does Mankiw’s book assume these resources continue indefinitely?”

My teacher mumbles in circles, avoiding any answers – the lecture notes forget to justify the unequal allocation of resources. He returns to the book’s PowerPoint presentation, insisting the root cause of prosperity is productivity. After all, there is a chart that confirms this: Look, the US has the highest productivity. Poor Africa, it’s so unproductive.

There is a certain seductive simplicity to Mankiw’s economic fantasies. Perhaps this is why his textbook is used all over the world. Still, my classmates and I prefer the truth. A few of us talk together after class. We can’t understand why our teacher clings so desperately to Mankiw’s doctrine, which says there’s a clear trade-off between equity and efficiency. Insist on equity, he wants us to believe, and nothing will work. Is this a study of how markets work, or just Bible study for capitalism?

I decide that if our teacher will not point out and discuss Mankiw’s shortcomings, I will have to take things into my own hands. I grab an article from Adbusters magazine called “Neocon Indoctrination the Mankiw Way” and try to look as inconspicuous as possible while churning out 15 copies of the essay on the school’s copy machine. Outside of class, I hand them out to my classmates. Later a friend and I cut out alphabet letters from magazines and paste them onto a copy of the article, spelling out, stalker-style: “Dear Mr. Totten, please enjoy this shocking document.” We place it in his box at school.

The article fails to get the response we hoped. “I just skimmed it,” our teacher tells us. “I don’t read meaningless stuff.” Try again.

Perhaps he’ll respond better to an indirect attack on his gospel of economics. I photocopy an article from Harper’s that calls for a new economic worldview – one that focuses on sustainability over growth. I distribute it to my classmates as well as my teacher, this time by hand. He eats it up. “This is exactly what I have been looking for,” he says. “It addresses a lot of the issues I have been thinking about lately. Thank you.” He even tells the rest of the class about it, recommending they read it. But when the lectures resume, nothing changes. He reverts to Mankiw’s script.

Well, almost nothing changes. My teacher preaches the same old theories, but now he prefaces the most nonsensical points with the claim that we must simply accept them in order to pass the college placement test. What can we do?

Meanwhile there’s a letter from Harvard University: I have been accepted. I ask my teacher if there’s anything he’d like me to pass on to Mankiw if I bump into him in the halls of Harvard. “Thank him for me, for making a textbook that explains everything so clearly,” he says.

But if I run into Mankiw next fall, I have a few questions I’d like to ask him first: Why does his textbook refuse to admit that it has a point of view? What social purpose does he think is served by the stock market?

If he fails to respond adequately to my questions or the ones Adbusters has posed to him in previous issues, he’ll hear some tough words from me about how the truth, and not trade, always makes participants better off.

– Jasper Henderson"


sábado, 28 de agosto de 2010

Uso de software livre em projetos acadêmicos

No ano de 2007 fui um dos participantes do projeto Fractais e Software Livre, exposto na 13ª Feira de Ciências - O universo é o limite - realizada no Colégio Antônio Vieira.

O trabalho teve como principais objetivos transmitir conhecimento sobre a teoria dos fractais e a sua relação com os fenômenos da natureza e a demonstração da viabilidade do uso de softwares livres em projetos educacionais ligados à ciência.




Por que usar Software livre em Projetos Educacionais?

1º: Pode ser obtido de forma gratuita, diminuindo gastos por parte da instituição.
2ª: Não impõe ao aluno certos gastos com licença para que este o utilize fora do ambiente da instituição.
3º: Por ser de código aberto, facilita personalização por parte dos professores para melhor adequação às necessidades dos alunos.
4º: Pode estimular trabalho em grupo, pois muitos softwares são desenvolvidos por comunidades abertas.
5º: Maior aprendizado, pois com software livre o aluno obtem um conhecimento mais profundo em relação ao funcionamento do computador.
6º: Não “prende” o usuário a corporações.

Para que usar Software Livre no Projeto Fractais ?

Para demonstrar a eficiência, viabilidade e usabilidade deste tipo de software, incentivar o ensino do mesmo no Colégio Antônio Vieira e seu uso em outros projetos nas próximas Feiras de Ciência e/ou dentro de setores da instituição..

Softwares utilizados

Nome: Fedora Core 7
Licença: GPL (livre).
Utilidade: Sistema Operacional que servirá de base para a apresentação.
Website: http://fedoraproject.org/

Nome: GNU XaoS
Licença: GPL (livre).
Utilidade: Permite a construção de fractais e zoom em tempo real, possibilitando exemplificar o que ocorre após cada iteração e a auto-similaridade.
Website: http://wmi.math.u-szeged.hu/xaos/doku.php?id=main

Nome: OpenOffice.org 2.0
Licença: GPL (livre).
Utilidade: Edição de documentos em formatos abertos.
Website: http://www.openoffice.org/

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Fernando C. Prestes Motta

"A educação moderna convencional muito raramente se preocupa com o desenvolvimento da pessoa. Opta, normalmente e com a cumplicidade dos pais ansiosos por filhos bem-sucedidos na "vida", pelo desenvolvimento funcional ou profissional, exacerbando a angústia do adolescente. As instituições educacionais e, de modo especial, a universidade, nasceram como um espaço no qual o mestre formava seus discípulos através da convivência diária. Esse espaço tornou-se uma grande burocracia impessoal em que a convivência é meramente funcional. Busca-se formar boas engrenagens, no melhor dos casos, e não pessoas adultas, maduras individual e socialmente.".

Fernando C. Prestes Motta

Fonte: http://www.fernandoprestesmotta.com.br/

sábado, 26 de junho de 2010

Johnson School at Cornell University: Brazil in-depth

Cornell Enterprise´s website gives us an embracing study about Brazil by a foreing investor perspective.


“In some ways Brazil outclasses the other BRICs [the term used to describe the emerging economies of Brazil, Russia, India, and China],” stated The Economist’s November 12, 2009, issue. “Unlike China, it’s a democracy. Unlike India, it has no insurgents, no ethnic and religious conflicts nor hostile neighbors. Unlike Russia, it exports more than oil and arms, and treats foreign investors with respect.”.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

José Saramago: Democracia y Universidad

"No hay solución para la universidad, para sus problemas, si no se encuentra solución antes a los problemas de la enseñanza primaria y media; todo es un bloque homogéneo y coherente... A la universidad tendrían que llegar alumnos instruidos y educados. ¿Cómo hacerlo? Habrá que encontrar las fórmulas. Lo contrario es no respetarse, jugar con malas cartas una partida que no puede acabar bien. Y recordemos que la mesa de juego es la sociedad.

La universidad es el último tramo formativo en el que el estudiante se puede convertir, con plena conciencia, en ciudadano; es el lugar de debate, donde, por definición, el espíritu crítico tiene que florecer: un lugar de confrontación, no una isla donde el alumno desembarca para salir con un diploma.

No se trata sólo de instruir, sino de educar. Y, desde dentro, repercutir en la sociedad. Aprendizaje de la ciudadanía, eso es lo que creo sinceramente que falta. Porque, queramos o no, la democracia está enferma, gravemente enferma, y no es que yo lo diga, basta mirar el mundo...".

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Sustainability

Text developed to Advanced Writing Skills course at Associação Cultural Brasil Estados Unidos in March 2010, given by Elizabeth Crockett. It was based on Sustainability: a green formula, paper written by Cara Cannela to 2008 Leadership in Project Management - Project Management Institute

Nowadays “green issues” are in focus in different kinds of media. Almost all organizations have some environmental program and it can be seen on ads all over the place. Is it happening because of a feel good factor or only the fear of losing clients and seeing profit reducing? Do organizations must have green projects or it is only an extra? Is it possible to be green and to improve finance bottom line at the same time? Can project professionals interfere by a relevant way in company´s policies related to sustainability? To discover the answers to these questions and to know more about sustainablity in a business context, continue reading this text.

It is possible that CEOs from some organizations are really interested in doing green programs with the goal of improving the life in society and preserving the environment, but, in general, the most important point to them make a decision is profit. “Many [sustainability] projects fail because CEOs do not pay attention to them.”, says Aaron Shener, PMP, institute professor of management and founder of the project management program at Stevens Institute of Technology, Hobokem, New Jersey, USA. “Too often, they see projects as costs, not as investments[...].”. These passages show us how much profit is important and overlaps social needs. “The best way to convince CEOs to get on board is to show ROI[Return On Investnment] in terms of financial savings and improved brand loyalty and recognition.”, says Cara Cannella, author of “Sustainability: a green formula”, 2008 Leadership in Project Management.
Around the world, in special places where productive activity is more intense, bad practices like burning fossil fuels are causing environmental problems like global warming. It is a serious question and people are aware. It is impossible, nowadays, in this context, to maintain an environmentally unworried organization. To retain customers and to establish a good reputation is indispensable to do green projects.

“There is emerging evidences that sustainable[projects] can deliver superior financial returns and market performance”, says Eric Lee, international director for property management firm Jones Lang La Salle, Hong Kong. Through green projects are possible to be more cost-effective, to pass this saving to customers and at the same time gain a better reputation. One example is Britsh Telecom, wich in 1996 embarked on a project to cut pollution by using energy-saving equipments in its data centers. “We can operate more cost-effectively and save money.”, says Steves O´Donnell, BT´s operates environment champion and global head of data centers and customer experience management. ”We want to be seen as a corporately, responsible, green, clean company.”.

Project professionals have an important role in green policies, because they are the bridge between CEOs and employees . This kind of professional should learn about roots of the business in order to compare his/her actions with competitors and measure customer perception. After, he/she should give the information to CEOs and convince them to adopt sustainable practices. At this moment is important to link ROI and sustainability.

domingo, 21 de março de 2010

Is the Strategy Flawed?

Text developed to Advanced Writing Skills course at Associação Cultural Brasil Estados Unidos in March 2010, given by Elizabeth Crockett. It was based on When You Think the Strategy is Wrong, paper written by Amy Gallo to Blog Best Practices at Harvard Business Review On-Line.

One of many tasks of a manager is to implement organization´s strategy and to make others – his/her team, unit or department – execute it very well.

Although, sometimes the manager can think that the strategy adopted by the organization is wrong. In this case, the manager´s professional should be cautious and analyze the situation with patience, because to start, immediately without to be sure about what is happening, the “fire alarm” can be dangerous to him/herself image.

Experts say that to develop a strategy is difficult, needs time, often the process is messy and the result is never perfect. A manager must speak up about his/her thinking and doubts, but, before needs to pass by some steps.

The first step is to understand in what context the strategy was created. At this moment, it is important to contact experienced people who fellow the development process. These people can return useful information and advice from a variaty of points of view.

The second step is to reflect about the concerns using gained information in a contextualized way. No one strategy is a hundred percent perfect, but, sometimes one mistake can be only a different perception of eavaluating it and not a real problem. A responsible manager should ask him/herself if there is a real problem or only an unease because of his/her feelings and point of view.

After research and reflection about the problem compared with his/her motivations, if the concerns continues is time to verbalize them.

The third step is to talk with his/her direct boss about what concerns him/her. At this moment is important to have solid information that sure is going to help explain his/her thoughts. Besides, the manager should propose actions that can mitgate the strategy´s mistakes. In the conversation it is important not question the authority of boss.

The number of cases with mistakes related to strategy that put organizations in real risk is small. If it is the case, the manager should consider quitting, but is necessarily to send a message to his/her CEO talking about roots of decision.

sábado, 6 de março de 2010

Globalization: Working Abroad Being Culturally Sensitive

Text developed to Advanced Writing Skills course at Associação Cultural Brasil Estados Unidos in March 2010, given by Elizabeth Crockett. It was based on Globalization: The Borderless Leader, paper written by Malcolm Wheatley to 2008 Leadership in Project Management - Project Management Institute.

In the past, to find people who work abroad was very difficult. Nowadays, some things like low-cost air travel and high-speed internet connectivity have made workers, regardless of position, establish professional relationships with many others around the world. This change occurred with the advance of globalization, - a phenomenon mainly identified by the integration and interdependence among economies and the technological, ecological and others spheres of societies around the world. In this context, leaders are challenged – and need to learn – to be more culturally sensitive and need to teach and motivate employees to do the same.

Before learning cross-cultural skills and changing your behavior is necessary to find out when and where cultural differences exist. It can be difficulty, because all people are totally immerssed in their culture and do not see its features. It is impossible to describe with a hundred percent certainty and in detail the individual behavior of each citizen in a country or city, but with antropological research, called etnograph, we can discover common denominators about behavior in a society. Fons Trompenaars, a Belgian academic, wrote a book called Riding the Waves of Culture, based on Geert Hofsted´s research, and determined that cultures could be characterized by their features in a number of dimensions such as uncertainty avoidance, individualism vs. collectivism and hierarchical vs. participative decision process. For example, in what Mrs. Trompernaars called “particularism”, relationships are more important than rules. On the other hand, in what he called ”universalist”, rules take procedence over people.

After knowing mainly characteristics of a culture and determining its key-points, it is necessary to fit policies and work manneers to it. For example, if in a culture face-to-face contact has a high value, leaders should not use solely e-mail. They need to find other medias like vídeoconferencing. This aproach is supported by Rudolf Melik, author of The Rise of the Project Management Workforce: Managing People and Projects in a Flat World. Another example is give to us by Ron Hyams, a South-Africa-based managing partner with the multinational executive coaching firm Praesta. He explains a female marketing director who was accustomed to walking in her company´s office looking at Black Blarry. The perception about her, in South Africa where she was working, was negative because there people value eye contact and they felt insulted by her.

Daniel Hepp, a Canada-based director of professional services at Blue Cats Networks, looks at differences among cultures as a good thing. In his opinion, people from different cultures give to organizations an advantage built by different points of view and perspectives.

Dean Cunnengham, England-based managing director of Cross Border Coaching believes that, about every thing, overcoming natural habits and adjusting your behavior is not a piece of cake and demands practice, so you should not get disillusioned.

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Série Reconciliando o Econômico e o Social

Esta série de artigos leva como nome o subtítulo da versão traduzida para o português do livro escrito por Jean-Francois Chanlat, em 1998, com o título original de Sciences sociales et management: plaidoyer pour une anthropologie générale, sendo esta obra o alicerce fundamental do estudo que aqui se desenvolverá. Obra esta que também fôra base para debates na disciplina Abordagem Sócio-Política das Organizações, ministrada pelo Prof. Dr. Reynaldo Paula(UFBA).

A motivação para o estudo do tema em questão advém da minha percepção sobre o mundo da administração e sobre aquilo que a respeito dele é publicado nas mais diversas mídias. O que comumente se vê são materiais que tratam a administração pelo prisma do sistema capitalista fundamentado na economia de mercado onde a obtenção de lucro torna-se o objetivo fim, dando pouco ou nenhum espaço para os aspectos sociais. Pretendo aqui preencher esta lacuna, fazendo o leitor refletir e desenvolver um senso crítico mais apurado para que assim este também possa, com as suas ações, contribuir para o desenvolvimento de uma administração mais justa e coerente com as necessidades daqueles que compõem a teia social.

O objetivo destes artigos será esclarecer, através de uma evolução histórica, mas ao mesmo tempo intimamente relacionada ao contexto presente, o surgimento da organização empresarial como a conhecemos hoje, sua escalada no que diz respeito à ocupação cada vez mais constante em posições de poder e influência social, bem como desenvolver uma abordagem crítica dos seus métodos, ações e respectivas conseqüências para a sociedade e por fim ressaltar a importância de se desenvolver uma visão administrativa que relacione os aspectos econômicos e sociais.

Para guiar os estudos sobre o tema, descrevo abaixo alguns tópicos que servirão como alicerces.

- A razão instrumental.

- Desenvolvimento histórico do capitalismo com foco nas suas organizações produtivas e relações sociais engendradas no interior das mesmas.

- Necessidade de sistematizar o conhecimento sobre a administração dessas organizações e o surgimento do Management e a sua diferenciação semântica com a Administração.

- O management na atualidade.

- Desenvolvimento de uma administração que pense o econômico, mas que tenha o social como fator de relevância.

domingo, 17 de janeiro de 2010

História do GNU Linux

Texto baseado no livro Dominando Linux Red Hat 9, Editora Ciência Moderna.

Há tempos atrás, os computadores eram muito caros, contudo a demanda era muito alta e, como solução, cientistas desenvolveram o conceito time-sharing(compartilhamento de tempo), onde muitos usuários através de terminais eram conectados a um computador, hoje isso se chama Arquitetura Cliente Servidor.

Um dos primeiros projetos nesta área foi o Multics, envolvendo MIT, Bell Labs, na época pertencente a AT&T e General Eletric.A Bell Labs saiu do projeto, mas Ken Thompson e Dennis Ritchie, os quais trabalhavam para AT&T continuaram a trabalhar no desenvolvimento de um sistema multiusuário; o resultado disto foi o Unix.

Na época a AT&T não podia participar do mercado de computação devido a intervenções do governo americano, por isso resolveu destribuir o sistema com seu código fonte a universidades.

Na década de 1980, a AT&T passou a ter autorização para comercializar o Unix e então este passou a ser um sistema fechado.

Devido aos altos preços praticados pela AT&T, universitários começaram a desenvolver sistemas similares ao Unix.Nesta época surge um grupo, o FSF(Free Software Fundation) liderado por Richard Stallman, cujo objetivo era o compartilhamento de software.Este grupo desenvolveu a licença GPL e componentes de sistemas operacional tipo Unix(Projeto GNU).

Em 1991, Linus Torvalds, estudante de Ciência da Computação da Universidade de Helsinki, Finlândia, desenvolve um kernel(núcleo de sistema) e, em 1995 algumas empresas juntam o kernel desenvolvido por Linus aos componentes do Projeto GNU, da FSF e surge o sistema operacional GNU/Linux com sua várias distribuições(customizações do sistema).


O que é Extreme Programming(XP)?

"Extreme Programming(XP) é um processo de desenvolvimento que possibilita a criação de software de alta qualidade, de maneira ágil, econômica e flexível. Vem sendo adotado com enorme sucesso na Europa, nos Estados Unidos e, mais recentemente, no Brasil.", Vinicius Manhães Teles, autor do livro Extreme Programming.

O XP tem como principais características o desenvolvimento com escopo variável e por etapas, através de uma série de implementações, possibilitando entrega mais rápida das partes de software que são mais necessárias e de uso mais imediato, assim como a redução dos custos, pois o cliente só paga por aquilo que recebe; o refactoring, ou seja, a organização do código de forma que esse seja claro e permita complementações futuras; o uso intensivo de testes de código individuais e integrados além da programação em par, tornando o desenvolvimento mais rápido, pois diminui-se o tempo na busca por erros, possibilitando a geração de produto final com maior qualidade; e a interação contínua e sólida com o negócio do cliente, através das técnicas de feedback e trabalho, por vezes, dentro do mesmo espaço físico do contratante.

Além dessas práticas, a metodologia XP oferece inúmeras outras que, em conjunto, possibilitam a entrega de softwares com ótima relação custo x benefício.

Para maiores esclarecimentos, consulte o livro Extreme Programming de Vinicius Teles, publicado pela editora Novatec e/ou clique no link da Improve It na lista ao lado.

Extreme Programming X Método Tradicional

Extreme Programming

Método tradicional

· O cliente participa ativamente do processo de desenvolvimento que aumenta a segurança do negócio e diminui as dúvidas da equipe.


· O contrato é de escopo variável o que permite ao cliente modificar as funcionalidades no decorrer do processo de desenvolvimento o que garante maior satisfação para o mesmo.


· O cliente não precisa esperar muito tempo para obter retorno com o software pois as principais funcionalidades são logo postas em uso.


· Programação em par e testes constantes diminuem os bugs.


· Não existe especulação o que diminui o tempo no desenvolvimento.

· O cliente não participa do desenvolvimento o que diminui a segurança no negócio e aumenta as dúvidas da equipe aumentando as possibilidades de erro.


· No sistema tradicional(linear em cascata) o contrato é de escopo fechado(tenta-se ao máximo impedir mudanças o que é extremamente incorreto)resultando muitas vezes na insatisfação do cliente fazendo com que este gaste mais com atualizações.


· O cliente somente obtém lucro com o software depois de muito tempo e muitas vezes este não corresponde as suas necessidades.


· Gasta-se muito tempo com documentações que rapidamente se tornam obsoletas.


· A existência de “Ilhas de Conhecimento” e o incentivo ao trabalho individual prejudicam o resultado final.

1º A cada iteração o cliente recebe atualização de software?

R: Sim.

2º Exemplo de contrato com escopo variável?

R: Desculpe-me pela demora na resposta. Em XP não existem modelos fixos para estes artefatos. Inclusive, nem sempre equipes XP chegam ao ponto de usar todos eles. Seja como for, você pode obter uma boa idéia de como criá-los no meu livro http://www.improveit.com.br/livroxp.jsp. Além disso, no que se refere especificamente ao contrato de escopo negociável, dê uma olhada em http://www.improveit.com.br/xp/contrato.jsp.

3º No livro há um capitulo que fala sobre design simples, mas eu não compreendi satisfatoriamente este conceito. Em poucas palavras, é possível dizer o que seria um design simples de um software?

R: Sobre a questão do design simples, vejamos um pequeno exemplo. Marcelo é um desenvolvedor trabalhando em um projeto de desenvolvimento que envolve inúmeras funcionalidades a serem colocadas em um site. A próxima funcionalidade que ele irá implementar diz o seguinte:

"Mostrar no site uma lista numerada, contendo 10 livros, que encontram-se descritos em anexo".

Marcelo sabe que o cliente vive mudando de idéia, então, decide fazer uma lista flexível com a qual o cliente possa, no futuro, inserir mais livros, mudar a ordem de apresentação, alterar o conteúdo etc. Então ele modela uma tabela no banco de dados, cria um formulário para cadastrar os livros pela web, insere os livros, em seguida cria uma página que mostra o conteúdo da tabela do banco de dados. Além disso, nessa mesma página, ele inclui a possibilidade de alterar a ordenação dos livros, de acordo com os seguintes critérios:

* Por nome do livro
* Por autor
* Por preço
* Por editora

Marcelo é o máximo, certo? Não apenas é um desenvolvedor dedicado, ele também tem iniciativa e consegue antecipar os movimentos do cliente. Pena que algumas mudanças nas prioridades do cliente fizeram com que aquela funcionalidade não fosse mais necessária. Marcelo gastou uma semana de desenvolvimento, enquanto poderia ter gasto apenas uma hora se tivesse escrito a listagem diretamente em um HTML simples.

As pesquisas demonstram que 64% das funcionalidades de um sistema comercial típico nunca ou raramente são usadas (veja a Figura 1 em http://www.improveit.com.br/xp). Portanto, investir em um design além do necessário para o que o cliente solicitou costuma ser bastante perigoso, como o exemplo acima ilustrou. Para ter acesso a um exemplo verdadeiro, bem mais drástico do que o apresentado aqui, acesse a minha dissertação no link http://www.improveit.com.br/xp/ dissertacaoXP.pdf e leia da página 130 à 134.

O XP sugere que a cada iteração, o desenvolvedor se preocupe em implementar apenas o estritamente necessário para que a funcionalidade solicitada pelo usuário fique pronta. Isso é o que chamamos de design simples. Em XP os desenvolvedores evitam antecipar necessidades futuras, pois sabem que raramente acertam com exatidão sobre o que o cliente realmente vai pedir no futuro.

Essa prática é contrária ao que é feito habitualmente em desenvolvimento, chamado de BDUF (big design up front). O BDUF é exatamente o que o Marcelo fez neste exemplo, ele foi além do que precisava ser feito, ou seja, além do design que seria suficiente para a necessidade do cliente.

Na minha dissertação, você também poderá ler mais sobre design simples das páginas 91 a 98.

4º Quando a Improve It desenvolve um sistema a equipe fica no prédio do cliente ou bem próximo a ele como é recomendado no livro?

R: Sim. Às vezes ficamos em um escritório próximo ao cliente, mas na maioria das vezes trabalhamos diretamente no escritório do cliente.

5º O fato de a equipe ir para o prédio do cliente não gera transtornos? O cliente não acha "esquisito" a equipe vir para o seu escritório?

No nosso caso isso é relativo. Atualmente, a maior parte do trabalho que fazemos é mentoring. Portanto, normalmente alocamos um ou mais profissionais, que atuam como mentor, os quais trabalham em conjunto com uma equipe de desenvolvimento do próprio cliente. Em alguns casos ir para o prédio do cliente pode trazer transtornos, sem dúvidas, mas em outros não. Isso naturalmente depende de caso a caso.

6º Na integração não seria mais demorado resolver as colisões do que impedir que um mesmo arquivo fosse modificado ao mesmo tempo?

R: Impedir que um mesmo arquivo seja modificado ao mesmo tempo por diferentes pessoas costuma retardar significativamente o desenvolvimento, porque é comum um desenvolvedor ter que trabalhar com inúmeros arquivos abertos ao mesmo tempo, o que eleva a possibilidade de que um ou vários destes arquivos também tenham que ser usados por outros desenvolvedores ao mesmo tempo. Essa é a alternativa mais segura para se evitar conflitos, mas é também a que mais retarda o trabalho da equipe.
Por sua vez, permitir que várias pessoas editem o mesmo arquivo ao mesmo tempo, embora permita maior agilidade para a equipe, pode gerar conflitos demorados de serem solucionados. O XP resolve isso fazendo com que as integrações ocorram com grande freqüência. Por exemplo, as pessoas tendem a integrar o que estão fazendo a cada 2h no máximo. Como o volume de trabalho em duas horas tende a ser reduzido, o potencial de conflito também se reduz bastante. Na prática, por mais surpreendente que pareça, conflitos de integração são raros em XP. Embora eu nunca tenha medido isso, acredito que tipicamente, a cada 100 integrações, provavelmente temos menos de 5 delas com conflito que necessite ser tratado pelo desenvolvedor. Ainda assim, como o escopo de trabalho é reduzido entre uma integração e outra, eventuais conflitos são resolvidos com bastante rapidez.

7º Quais as funcionalidades de uma ferramenta de build além de compilar? Gostaria de saber um pouco mais sobre as diferenças entre ambiente de desenvolvimento e ferramenta de build.

R: Um ambiente de desenvolvimento é algo como o Eclipse, IntelliJ, JBuilder, NetBeans etc. Ele possui inúmeras funcionalidades para edição de código, depuração, compilação etc. Mas, um dos aspectos mais marcantes destas ferramentas é a presença de um editor, que cada vez mais possui bastante inteligência, sendo capaz de compilar o código à medida em que escrevemos, coloca cores de acordo com as características do que foi escrito etc.

Uma ferramenta de build, como o Ant, é capaz de automatizar uma infinidade de atividades que, do contrário, teríamos que executar manualmente. No link http://ant.apache.org/manual/coretasklist.html você pode conhecer as inúmeras tarefas que o Ant é capaz de fazer por você, tais como compilar, executar testes de unidade, criar arquivos zip, fazer ftp, telenet, criar e remover diretórios, copiar arquivos etc.

Apenas para dar um exemplo, veja algumas das coisas que o Ant faz para nós quando precisamos atualizar o site da Improve It:

- Compila todos os arquivos
- Cria um arquivo ZIP contendo toda a estrutura do site
- Estabelece uma conexão ftp com nosso servidor
- Envia o ZIP por ftp
- Estabelece uma conexão telnet com nosso servidor
- Executa remotamente um shell script de atualização em nosso servidor, o qual faz backup da versão anterior (para o caso de recovery de falhas) e coloca os novos arquivos em produção
- Executa todos os 940 testes contra os novos arquivos colocados em produção

8º O Eclipse executa testes de unidade sozinho ou é necessário o Ant integrado a ele?

R: Ele é capaz de executá-los sozinho, sem a presença do Ant. O JUnit já vem integrado ao Eclipse por default

9º Caso seja feita uma classe genérica em Java por exemplo esta poderá ser chamada de framework ou somente são framworks programas como o Delphi?

R: Na verdade, nem uma coisa nem outra. Um framework normalmente é um *conjunto* de classes que tende a ser reutilizado em inúmeros projetos diferentes, por ser genérico e fornecer funcionalidades freqüentemente necessárias em diferentes projetos. Por exemplo, quem programa em Java costuma usar o Hibernate, que é um framework para facilitar o acesso a bancos de dados. Tem também o Struts para ajudar no desenvolvimento de aplicações web e o próprio JUnit que ajuda na criação e execução de testes unitários. Aliás, o DUnit é um exemplo de framework desenvolvido para Delphi.

10º A reutilização de código não é recomendável pelo livro, mas como não reutilizar, por exemplo, o código que faz consulta ao BD?

R: Acho que houve um equívoco. A reutilização de código é extremamente recomendável e até mesmo essencial para a utilização do Extreme Programming. Em XP há uma enorme preocupação no sentido de não duplicar código, o que é conseguido, naturalmente, com a reutilização de código tanto quanto possível.

11ºAo reutilizar o código você não estará fazendo uma duplicação já que irá copiar e colar?

R: Não. Quando me refiro a reutilizar código, não estou pensando em nenhuma hipótese na temível "técnica" de copiar e colar. Essa é uma forma de duplicar código, não de reutilizar.

Reutilizar significa escrever o código em um único lugar e permitir que ele seja acessado diversas vezes, por inúmeros clientes. É possível reutilizar código de várias formas, tais como se usando constantes, variáveis, métodos, superclasses etc.

12º Como está a aceitação em relação ao eXtreme Programming no Brasil?

R: Ainda tímida, já que em grande parte das organizações ainda é desconhecido. Porém isso vem mudando. Há uns três anos pouquíssima gente tinha sequer ouvido falar de XP no Brasil. Hoje em dia muita gente até já ouviu falar, mas ainda há poucas experiências. Em todo o caso, já existe uma séria de projetos usando e a tendência, na minha opinião, é que isso evolua rapidamente nos próximos anos, da mesma forma que vem ocorrendo no exterior.

sábado, 16 de janeiro de 2010

Motivation: How to Increase Project Team Performance

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Apresentação desenvolvida para o trabalho Reader Presentation Project, do curso Upper Intermediate, realizado na Associação Cultural Brasil Estados Unidos em Janeiro de 2009 e ministrado pelo Prof. Mark Stevenson Fuo.

A apresentação teve como principal objetivo mostrar as mais conhecidas e utilizadas teorias motivacionais com base no artigo de Tonya M. Peternson, escrito para Project Management Journal e publicado em Dezembro 2007.

Relações Humanas, Grupos e Equipes de Trabalho

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Apresentação desenvolvido para a disciplina Introdução à Psicologia ministrada pelo Prof. Ms. Talyson Amorim Tenório de Carvalho(UFBA).

O trabalho tem por objetivo esclarecer como ocorrem as relações humanas em uma perspectiva organizacional, tendo como ponto base a análise de grupos e equipes de trabalho. Para que seja possível uma melhor fundamentação e análise mais abrangente do tema, abordagens respectivas à Historia do Trabalho, Grupos x Equipes, Tipos de Personalidade e Trabalho em Equipe serão demonstradas no decorrer do estudo. Para trazer a este material um contexto prático e atual, também será apresentada uma análise crítica entre as teorias aqui abordadas e ações efetivadas nas organizações através de entrevista com um profissional de recursos humanos(Apenas na versão artigo. Para obté-la envie-me um e-mail.).

O Golem Laborioso

Texto desenvolvido para a disciplina Abordagem Sócio-Política das Organizações, ministrada pelo Prof. Dr. Reynaldo Paula(UFBA).

No texto “O Golem Laborioso”, de Hermano Roberto Thiry-Cherques, o mundo do trabalho, em especial a conduta dos seus atores, é desvendada através do golem - ser artificial mítico, associado à tradição mística do judaísmo, que pode ser trazido à vida através de um processo mágico – e seus avatares temporais: o robô, o andróide e o cyborg. As características típicas deste ser fantástico de formas humanas, correlacionando-se com a figura do trabalhador, foram analisadas em seus por menores no decorrer do artigo, tendo como pontos-chave a alienação, mentalidade de gueto, moral relativizada, instrumentalização de si, aristocratização e a solidão.

Devido à forma como a economia e as organizações vêem se estruturando, viver como golem é uma maneira de sobreviver às pressões do cenário que se impõe. De uma forma geral, um trabalhador-golem é um indivíduo que renuncia à sua própria individualidade e percebe no trabalho um lugar seguro contra os descaminhos da vida. Este tipo de trabalhador não é alguém que tenha sido obrigado a ser desta forma, mas alguém que ambiciona fazer parte da estrutura produtiva e ser reconhecido por isso; é por essência um sujeito conformista, deixa a cargo dos outros a decisão sobre o seu viver e que tem seus valores intrinsecamente atrelados aos valores da estrutura que compõe. Este trabalhador vive submerso em ilusão, fazendo acreditar e ao mesmo tempo acreditando naquilo que se faz conveniente ao sistema produtivo, tornando-se solitário dentro do seu espaço de trabalho, onde as comunicações são restringidas de formas diversas, como também ignorando laços sociais externos ao espaço da sua atividade, ou enxergando nestes uma continuidade daquele, pois a necessidade de pertencimento a um grupo foi a muito substituída pela necessidade de pertencimento a uma organização mantenedora do próprio status quoprodutivo.

Em um momento como no qual estamos, onde o ideário dominante é o da produção como sentido da vida, surge um espaço de grandes dimensões para o florescimento do trabalhador-golem, já que este se realiza através da realização dos objetivos do próprio sistema. Este tipo de trabalhador é um alienado por excelência, pois dá a posse do seu intelecto e sua força de trabalho, de forma integral, à organização e à produção, independentemente de quem seja o seu proprietário ou qual seja a maneira de produzir, desta forma deixando de ser o agente da sua própria narrativa.

Conforme a estrutura produtiva veio modificando-se no decorrer da história, o trabalhador-golem também se modificou, não na sua essência, mas na sua forma, assumindo então novas embalagens ou avatares, buscando sempre a melhor adequação possível à realidade do sistema, servindo então de instrumento para o seu sucesso. No inicio do século XX, com o surgimento da administração científica liderada por Friederick Taylor, surge o robô. Este possuía basicamente três características-chave: aversão a mudanças, imediatismo e a permissão das imposições feitas pelo sistema sem qualquer questionamento; sinteticamente seria o trabalhador-engrenagem.

O avatar que se segue é o andróide. Este se caracteriza como um robô que evolui de simples manipulado para ser um manipulado que também manipula e possui neste ponto sua principal diferenca. A este processo deu-se o nome de aristocratização. É característica deste avatar a capacidade de se transformam tão rápido quanto seja a metamorfose praticada pelo sistema, sendo esta capacidade advinda de uma base intelectual solidificada.

Por fim, surge o avatar cyborg, sendo este caracterizado pelo mito da infalibilidade e por conta disto, torna-se o referencial para o tipo de trabalhador que tem o conjunto de características que foram apresentadas até aqui.

 

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